DIVERSIDADE DE NYMPHALIDAE NA ESTAÃ‡ÃƒO ECOLÃ“GICA DE IQUÃŠ, MUNICÃPIO DE JUÃNA, ESTADO DE MATO GROSSO, BRASIL

Cibele Madalena Xavier Ribeiro; Alberto Dorval; OtÃ¡vio Peres Filho; Reginaldo Brito da Costa

doi:10.37856/bja.v88i1.36

Autores

Cibele Madalena Xavier Ribeiro Programa de PÃ³s-GraduaÃ§Ã£o em CiÃªncias Florestais e Ambientais, FENF, Universidade Federal de Mato Grosso â€“ UFMT
Alberto Dorval Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT
OtÃ¡vio Peres Filho Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT
Reginaldo Brito da Costa Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Mato Grosso, UFMT

DOI:

https://doi.org/10.37856/bja.v88i1.36

Resumo

O presente estudo objetivou analisar a fauna de borboletas frugÃvoras (Nymphalidae: Lepidoptera) na EstaÃ§Ã£o EcolÃ³gica de IquÃª, no municÃpio de JuÃna, estado de Mato Grosso, atravÃ©s de um levantamento nÃ£o-perturbatÃ³rio visando contribuir para o conhecimento qualitativo e quantitativo das espÃ©cies ocorrentes na unidade de conservaÃ§Ã£o. Foram utilizadas 30 armadilhas do tipo Van Someren-Rydon, distribuÃdas em trÃªs unidades amostrais. Observou-se uma diversidade de 75 espÃ©cies, distribuÃdas em seis subfamÃlias de Nymphalidae com 605 espÃ©cimes coletados. Catonephele acontius, Temenis laothe e Eunica sp. 1 (Biblidinae), Archaeoprepona demophon (Charaxinae), Fosterinaria sp., Harjesia obscura, Hermeuptychia hermes, Pseudodebis valentina e TaygetisÂ virgilia (Satyrinae) foram as espÃ©cies mais abundantesÂ em nÃºmero de indivÃduos amostrados. Na anÃ¡lise faunÃstica ocorreram 13 espÃ©cies dominantes, constantes, muito freqÃ¼entes e muito abundantes. O Ãndice de diversidade Ã© considerado alto para a regiÃ£o e a equitatividade de 0,80 mostrou uma Ã¡rea bem preservada onde as espÃ©cies de borboletas encontram condiÃ§Ãµes ambientais favorÃ¡veis para sua distribuiÃ§Ã£o, manutenÃ§Ã£o e reproduÃ§Ã£o.

Referências

BROWN JR., K. S. 1991. Conservation of neotropical environments: insects as indicators. In: COLLINS, N. M.; THOMAS, J. A. (Eds.).The conservation of insects and their habitats Londres: Academic Press, p. 349-404.

BROWN JR., K. S. 1997. Diversity, disturbance, and sustainable use of Neotropical forests: insects as indicators for conservation monitoring. Journal of Insect Conservation, v.1, p. 25-42.

BROWN JR., K. S.; FREITAS, A. V. L. 2000a. Diversidade de Lepidoptera em Santa Teresa, EspÃrito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello LeitÃ£o. EspÃrito Santo, v.11/12, p. 71-118

DEVRIES, P. J. 1987. The butterflies of Costa Rica and their natural history: Papilionidae, Pieridae, and Nymphalidae. New Jersey: Princeton Univ. Press. 327 p.

DEVRIES P. J., WALLA, T. 2001. Species diversity and community structure in neotropical fruit-feeding butterflies. Biological Journal of the Linnean Society, v.74, p. 1-15.

DOWNES, J. A. 1973. Lepidoptera feeding at puddle margins, dung and carrion. Journal of the Lepidopterist's Society, v.27, p. 89-99.

ELTON, C. S. 1973. The structure of invertebrate populations inside neotropical rainforest. Journal of Animal Ecology v.42. p.55-104.

FREITAS, A. V. L.; FRANCINI, R.; BROWN JR, K. S. 2003. Insetos como indicadores ambientais. In: CULLEN-JR., L.; RUDRAN, R.; VALLADARES-PADUA, C. (Org.). Biologia da conservaÃ§Ã£o & Manejo da vida Silvestre. Curitiba: Editora da UFPR. FundaÃ§Ã£o O BoticÃ¡rio de ProteÃ§Ã£o Ã Natureza. p. 125-148.

GILBERT, L. E; SINGER, M. C. 1975. Butterfly ecology. Annual Review Ecology System, v.6. p. 365-397.

LANDAU, B.; PROWELL, D.; CARLTON, C. 1999. Intensive versus long-term sampling to assess Lepidoptera diversity in southern mixed mesophytic forest. Annals of the Entomological Society of America, v.92, n.3. p. 435-441.

LAROCA, S; O. H. H. MIELKE. 1975. Ensaios sobre ecologia de comunidades em Sphingidae da Serra do Mar, ParanÃ¡, Brasil (Lepidoptera). Revista Brasileira de Biologia, 35(1):1-9.

LUDWIG, J. C.; REYNOLDS, J. F. 1988. Statistical ecology: a primer on methods and computing. 337 p.

MAGURRAN, A. E. 1988. Ecological diversity and its measurement. New Jersey:Princeton University Press. 179 p.

MACARTHUR, R. H. 1972. Fluctuation on animal populations and a measure of community stability. Ecology, v.36. p. 533-536.

MORAES, R. C. B.; SILVEIRA NETO, S. 2003. Software para anÃ¡lise faunÃstica. In: SimpÃ³sio de Controle BiolÃ³gico, 8, SÃ£o Paulo, Resumos, Piracicaba-SP. ESALQ. p. 95.

PURVIS, A.; HECTOR, A. 2000. Getting the measure of biodiversity. Nature, v.405. p. 212â€“219.

RAIMUNDO, R. L. G.; FREITAS, A. V. L.; COSTA, R. N. S.; OLIVEIRA, J. B. F.; LIMA, A. F.; MELO, A. B.; BROWN JR., K. S. 2003. Manual de Monitoramento Ambiental usando borboletas e libÃ©lulas â€“ Reserva Extrativista Alto do JuruÃ¡. SÃ©rie Pesquisa e Monitoramento Participativo em Ã¡reas de conservaÃ§Ã£o gerenciada por populaÃ§Ãµes tradicionais. Campinas-SP, v. 1, 36 p.

RIBEIRO, D. B. A. 2006. Guilda de borboletas frugÃvoras em uma paisagem fragmentada no Alto ParaÃba, SÃ£o Paulo Campinas, SP: 78 p. 2006. DissertaÃ§Ã£o de Mestrado em Ecologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SÃ£o Paulo.

SAKAGAMI, S.F.; LAROCA, S. 1971. Observations on the bionomics of some Neotropical Xylocopini bees, with some comparative biofaunistic notes (Hymenoptera, Anthophoridae). J. Fac. Sci. Hokkaiado Uni. 6. (Zool.) v. 18, p. 57-127.

SANTOS, E. C. S.; MIELKE, O. H. H; CASAGRANDE, M. M. 2008. InventÃ¡rios de borboletas no Brasil: estado da arte e modelo de Ã¡reas prioritÃ¡rias para pesquisa com vistas Ã conservaÃ§Ã£o. Natureza & ConservaÃ§Ã£o, v.6, n.2. p. 68-90.

SCHOEREDER, J. H.; SOBRINHO, T. G.; RIBAS, C. R.; CAMPOS, R. B. F. 2004. Colonization and extinction of ant communities in a fragmented landscape. Austral Ecology, v.29. p. 391-398.

VIEIRA, L. M. S. 2004. Paisagem da Reserva BiolÃ³gica Estadual Mata Paludosa como um recurso de educaÃ§Ã£o ambiental. Porto Alegre, 2004. 45 p. Trabalho de GraduaÃ§Ã£o (Bacharel em Geografia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.